Philip Kotler tornou público, lá em 1998, sua definição: “a marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou combinação dos mesmos, que tem o propósito de identificar bens ou serviços de uma empresa e de diferenciá-los dos concorrentes”.
Marca é, afinal, aquilo que todos chamam de logo. Mas vamos lá, tudo bem.
“Tá Correria” ou “Vamos marcar de ver isso aí” são, de longe, e informalmente, as duas sentenças mais exploradas na hora de pensar sobre a própria marca.
Quarto parágrafo: Entretanto, cuidar da sua marca é, acima de tudo, prezar pelo sucesso e longevidade do seu negócio. Acredite ou não, ela exerce uma influência enorme na vida das pessoas – e nem sempre é positiva.
Lá na Roma antiga, em meio a desconfiança que assombrava seu governo, Júlio Cesar nos agraciou com uma citação que pode introduzir o nosso próximo argumento. Disse ele: “à mulher de Cesar não basta ser honesta, deve parecer honesta”. Agora pense: sua empresa até pode entregar produtos e serviços de alta qualidade, a preço justo e em prazos assertivos. Em suma, o seu negócio é bom, mas ele parece?
Sua marca transmite os atributos necessários que geram a confiança que o mercado exige? Ela expõe seus valores? Diferencia a sua empresa das concorrentes? Confere personalidade? Ao negócio não basta ser ótimo, deve parecer.
Já se deparou com uma garrafa de Coca Cola quebrada? E um iPhone? Certamente, não importa em quantos pedaços o produto se desfez, você ainda consegue identifica-los. São marcas inquebráveis! A inteligência empregada na construção de cada uma delas as fez assim. Tudo é pensado para que você as reconheça imediatamente.
Aí você pode questionar: “ah, mas são empresas muito distantes – financeiramente, geograficamente e estruturalmente – da minha”. Agora, volte ao quarto parágrafo.
Voltou? Ok, continuemos.
Essas grandes marcas nem sempre foram assim. A Coca Cola te faz pensar desde quando você nasceu e, por consequência, te faz tomar. A combinação de cores, a linguagem, imagens, sons e significados nos traz algo que as demais não trazem ou trouxeram depois. Antes de ser uma grande empresa, a Coca Cola pensava grande. Isto é, ela já era antes de se tornar.
Todas as peças são pensadas para que possamos identificar a marca sem mesmo ter que ver o “logo”. Na sua empresa, isso acontece? Existem regras de padronização visual que contribuem para o crescimento da sua marca e, por consequência, das suas vendas?
O design vende (!!!). Aliás, o bom design vende. Uma marca que represente seus valores estimula o encantamento, o amor à primeira vista, conecta o emocional ao racional. Uma marca forte conversa, faz sinapses e associações com o nosso cérebro.
Pensa lá, como fazer de uma maçã o símbolo para transmitir a filosofia de uma empresa de tecnologia? É relativamente simples, se essa mesma empresa quer contribuir para a mudança do status quo.